22 março, 2008
O amor já vai embora...ou perde a condução...
Fim de temporada:

Meu suburbano coração volta após longas férias para se despedir. Parte sem saber ao certo se volta e sem dar a menor explicação.

Aos interessados ficam as dúvidas:

Desaprendeu a conjugar, ou o gato comeu o rato?

Quem sabe? Porém, para encerrar da mesma maneira que começou, vos deixa Chico. Só mesmo ele para entender este pulsar desconpassado - e agora silenciado.

Suburbano Coração

Quem vem lá, que horas são
Isso não são horas, que horas são
Quem vem lá, que horas são
Isso não são horas, que horas são
É você, é o ladrão
Isso não são horas, que horas são
Quem vem lá, blim blem blão
Isso não são horas, que horas são

A casa está bonita
A dona está demais
A última visita
Quanto tempo faz
Balançam os cabides
Lustres se acenderão
O amor vai pôr os pés
No conjugado coração
Será que o amor se sente em casa
Vai sentar no chão
Será que vai deixar cair
A brasa no tapete coração

Quando aumentar a fita
As línguas vão falar
Que a dona tem visita
E nunca vai casar
Se enroscam persianas
Louças se partirão
O amor está tocando
O suburbano coração
Será que o amor não tem programa
Ou ama com paixão
Mulher virando no sofá
Sofá virando cama coração

O amor já vai embora
Ou perde a condução
Será que não repara
A desarrumação
Que tanta cerimônia
Se a dona já não tem
Vergonha do seu co......ra......ção
 
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29 novembro, 2006
Déjà vu
Meu suburbano coração está saindo de férias...

Volta quando desaprender a conjugar o verbo amar na primeira pessoa do singular, ou quando o gato ali em cima comer o rato aqui em baixo ( o que ocorrer primeiro).





Leva saudades mas deixa Buarque:

Sinal Fechado
Chico Buarque
(Composição: Paulinho da Viola)


– Olá! Como vai?
– Eu vou indo. E você, tudo bem?
– Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro... Evocê?
– Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranqüilo...Quem sabe?
– Quanto tempo!
– Pois é, quanto tempo!
– Me perdoe a pressa - é a alma dos nossos negócios!
– Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!
– Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!
– Pra semana, prometo, talvez nos vejamos...Quem sabe?
– Quanto tempo!
– Pois é...quanto tempo!
– Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira dasruas...
– Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
– Por favor, telefone - Eu preciso beber alguma coisa,rapidamente...
– Pra semana...
– O sinal...
– Eu procuro você...
– Vai abrir, vai abrir...
– Eu prometo, não esqueço, não esqueço...
– Por favor, não esqueça, não esqueça...
– Adeus!
– Adeus!
– Adeus!
 
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24 outubro, 2006
Dez coisas para se odiar em um show de rock
1- Pessoas que dançam com guitarra imaginária.
2- Uma fila interminável para comprar cerveja.
3- Todos usando preto no dia em que acidentalmente você resolveu sair de casa trajando rosa.
4- Pessoas enrolando um cigarro de maconha ao seu lado.
5- Pessoas fumando o cigarro de maconha ao seu lado!
6- Head bangs animadíssimos agitando suas cabeleiras e você com uma simplista franja Emo.
7- Rodinha de porrada ao seu redor.
8- Todos conhecerem as músicas da banda alternativa e você se limitar ao oito-oitenta e oito.
9- A barriguinha nada sexy do vocalista, fruto do desencontro proposital entre a calça centrope e a blusinha baby-look
10- Muito homem por metro quadrado.
 
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19 outubro, 2006
Aviso
Suely dos Santos, moradora de Marechal Hermes, esteticista, manda avisar:
Odeia ser chamada de bunda chupada!
Tá avisado.
 
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18 outubro, 2006
Dez coisas para se fazer em um domingo suburbano, que não há nada para fazer
1- Visite aquele seu visinho ex-dançarino de lamba-aeróbica que virou funcionário público e hoje passa suas tardes jogando playstation e fazendo piadas de duplo sentido as quais você – educadamente – é obrigado a rir, enquanto tenta aprender as artimanhas do moderníssimo FIFA soccer, mais complicado do que as dissertações de Nitsche em sua língua pátria.

2- Arrume seu quarto e surpreenda-se com as coisas que encontrará por lá. Descubra mais sobre você na imensidão das pequenas coisas perdidas no mundinho que é seu aposento. Doe roupas que não usa mais. Ponha aquela camisa amarelada pra lavar, encontre fotos antigas e : “...ai meu Deus, como você melhorou!” Ao se deparar com o passado escondido por ali, pondere: trazê-lo à tona ou liquidá-lo de vez? Seja qual for a decisão, arrume seu quarto!

3- Ligue para pessoas queridas. Nada melhor do que um bom bate papo ao telefone num domingo pela tarde. Jogue conversa fora e vá além, jogue números de telefone fora. Quem nunca observou que possui mais números de telefone na agenda do celular do que realmente precisa? Apague os telefones inúteis, que certamente jamais ligará e deixe registrado apenas àqueles que realmente gostaria de ver identificado em sua bina. Faça mais: identifique-os com apelidos carinhosos do tipo fofucho, bizonha, charope e por aí vai. É divertido receber uma ligação da bizonha no meio de uma insuportável aula de Matemática Financeira. Eu recomendo!

4- Vá ao cinema! Domingo é dia de cinema.

5- Procure aquela sua ex-namorada e relembre momentos felizes ao seu lado. Tente entender porque de fato vocês não deram certo. Procure razão nas intermináveis brigas que hoje parecem totalmente sem sentido. Tente aliviar a culpa da separação e encarar como uma boa época de crescimento e aprendizado e lembre-se: as coisas duram o tempo necessário para se tornarem inesquecíveis.

6- Entre na internet. Acesse o orkut, msn, blog (em especial o meusuburbanocoracao.blogspot.com), baixe umas músicas, faça umas pesquisas, leia o jornal e saia da internet. A casa recomenda o máximo de uma hora e meia para não perder seu domingo na frente do computador.

7- Ouça boa música. Faça como seu pai que passa os domingos ao som de toda a discografia de Roberto Carlos. E enquanto Sinatra se esgoela na sala escreva seus pensamentos em um pedacinho de papel e esconda tão bem escondido a ponto de ninguém mais descobrir. Só você quando for arrumar seu quarto novamente.

8- Foi convidado para um churrasco? Não pense duas vezes. Vá! Divirta-se com o dialeto praticado pelos presentes. Socialize-se ao som de: “na quatro por quatro o tempo voa...” Beba e coma à vontade. Em tratando-se de churrasco no subúrbio há sempre fartura. Dance até o chão e volte pra casa meio embriagado de cerveja e de fumaça da churrasqueira.

9- Pra desencargo de consciência vá à missa, e perceba o belo balé do senta e levanta que se institui dentro do templo. Pense na sua vida, e no quão importante é possuir fé em algo maior que você. Pense positivo, melhore!

10- Veja um pouco te TV com seus pais (máximo permitido para evitar atrofia cerebral dominical: 20 minutos) e durma cedo. Amanhã é segunda e você estará com péssimo humor pela manhã.
 
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16 outubro, 2006
Rotina
Na volta,
mochila entreaberta,
final de dia. Alegria?
...tristeza no peito,
se desfaz na Lagoa.
O calor denuncia,
é o verão que chegou,
e a garganta embargou.
Mais um mês perdido,
e o “eu te amo” contido
até hoje não encontrou seu destino.
Fecho os olhos,
luz amarela,
túnel à frente,
realidade.
Desço logo aqui.
Amanhã tem mais.
Mais saudade.
Mais cidade.
 
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11 outubro, 2006
Pouco mais de um mês, e umas poucas constatações...

1- O blog ainda não se tornou o que eu gostaria que se tornasse.
2- Começo a achar que é realmente impossível ser imparcial...
3- e não deixar transparecer meus preconceitos.
4- Não tema! Logo, logo, a coluna começará suas incursões pelo subúrbio.
5- Dá uma vontade enorme de saber o que esse gato aqui em cima tanto olha...
6- Um obrigado todo especial para as três pessoas de Singapura que se perderam por aqui (ou a única pessoa que voltou mais duas vezes). Espero, sinceramente, que tenham entendido alguma coisa!
Branco!
 
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